domingo, 10 de janeiro de 2010

Ao acaso...


Ao acaso entrego a sorte de meu amor,
Como os barcos são levados pelo vento.
Pois certo estou de que soltando é que prendo,
Embora só, me sinta distante do mundo.
Mas mesmo assim nunca estarei vazio,
Pois por certo a saudade me fará companhia!
(Santaroza)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O julgamento


De repente ouvi culpada!
senti lágrimas escorrer pelo meu rosto,
percebo agora que estou vendada,o que vai me acontecer?
Me pareceu que o cabelo começava queimar,não ouvi mais nada,
vi todo o meu passado e presente passar a minha frente,vi voce...
Vi quem sofreu por mim e não merecia,
vi voce que me amava e por mim não sofreu...
Vi as vezes que escolhi e fiz tudo errado,
agora percebo que queimo inteira e percebo...
Sim percebo que estou finalmente em paz...
Agora me vejo sorrindo,minhas culpas estão sendo expiadas,
sim agora posso ser como a Fênix!
Quem sabe posso renascer das cinzas?
Ouço passos,alguém me tira a venda,não á mais ninguém...
Estou intacta,não entendo nada,e pergunto cade o fogo?
E do nada percebo que o que queimava era minha consciencia...
Sim foi ela quem deu a sentença e eu acolhi...
Ainda não sou livre apesar da visão do fogo...
Á sequelados pelos meus atos,tenho de olhar não posso evitar...
Descubro que mesmo depois da dor do ritual de purificação não posso,
ainda não é hora de ser como a fênix, nem hora de sorrir,
primeiro terei de curar os feridos do caminho ainda que isso me machuque, é a lei...
De novo me vejo de olhos fechado agora me vejo sorrindo,me vejo menina...
Tento alcançar uma mão que não defino,e uma voz que me diz:
Vem os tempos são outros,voce pode ser feliz!
Me sinto atordoada,ouço de novo a hora é agora eu te ajudo...
De repente acordei e entendi que começava uma época de paz....



Arlete Bernardo