domingo, 27 de junho de 2010


Talvez,quem sabe...
Talvez você aprenda a
Caminhar em minha
Estrada...
Talvez consiga decifrar
O medo que me apavora
Quando a solidão já fez
Dona de mim...
Talvez perceba que a
Paixão em minha vida
É ausente...
Foi desilusão que
A levou...
Deixou peito fechado
Para a dor...
Talvez...
Quem sabe você descubra
A imensidão do meu coração
E abra a porta para
Dele se apossar...
Quem sabe...
Talvez...

¬ Cida Luz ¬

Não sei se voltarás
sei que te espero.

Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.

A gente sempre fica acordado nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...

Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos,
como ontem, a sós;se for tarde demais,
nos deitaremos à sombra e perguntaremos por nós...

"J.G. de Araújo Jorge"

terça-feira, 8 de junho de 2010

Cigana...


Ah!... Essa cigana festeira e alegre
Que caminha pelas ruas buscando
Em cada rosto um irmão, um amigo...
Mora comigo,
Faz do meu pranto comédia
E sorri da minha dor
Dança, canta, esquecida do amanhã,
Porque sabe que o hoje é vida,
E todas as misérias da
vida, precisam ser esquecidas...
Irreverente e dócil...
Ama e se entrega enfurecida ao amor!
Um que de místico mora em seus olhos,
Um que de sombrio acompanha seus passos...
Tantas vezes morreu e tantas voltou...
Insiste em ser feliz, viver!
Traz um cigano sonhado no peito
Louco... fanático de amor...
A noite percorre todos os recantos dos sonhos,
Traz uma fogueira acesa, enormes labaredas
De fogo em todo seu ser...
Quem entende essa mulher, que vive
Lembrando sua infância, sendo na alma
Uma criança?...
Trazendo na retina uma
Lágrima brilhante de quem vai chorar ...
E de um salto se põe a dançar
Feliz como uma mariposa
Na luz da fogueira...rosto
Encandecente, apaixonado,
Louca de amor por tudo que a cerca,
Triste e alegre, mistura tudo velozmente!
Quero entendê-la, não encontro respostas...
Acho que nunca alguém a entendeu...
Ela mora em minha alma...
Essa cigana sou eu...

Vim de outras vidas...


Vim de outras vidas...
Andei incansável, vagando sem destino
Em busca de meu grande amor.
Vivi mil personagens
em outra existência...
Fui fada, fui bruxa, heroína, bandida...
Fui sol, aqueci o mundo...
Fui lua, encantei namorados...
Fui cúmplice,
Soube segredos nunca ditos...
Fui oceano,
Abriguei em meu ventre
Os seres vivos que moram nos oceanos...
e abriguei em meu coração de mar,
todos os amores e todos os desejos
que somente um oceano consegue conter
pela sua imensidão...
Fui o vento poderoso que destrói
E fui brisa suave que alenta.
Fui chuva fina, molhei a terra,
Fiz brotar, fiz crescer...
Fui temporal,
E com minha ira destruí
O bom e o mau...
Fui rio calmo, às vezes revolto...
Mas sempre buscando o mar !
O mesmo mar que sempre me encantou
e que eu sabia,
um dia traria o meu grande amor...
Em meu curso
Saciei a sede dos povos,
Lavei corpos, almas, purifiquei...

Em outras vidas fui o tudo
E fui o nada...
Fui mãe natureza viva,
Fiz nascer, morrer,
Fui árvore fixa ao solo...
E recebi em mim pássaros que cantam !
Dei flores e frutos, alimentei...

E fiz sombra para o viajante cansado,
para o andarilho exausto,
que sempre buscou o amor,
para que pudesse
descansar em mim e reiniciar sua caminhada...

Mas sempre desejei ser o final dessa mesma caminhada
desse andarilho cansado e tão esperado...
Fui luz, fui sombra...
Fui deusa, fui pagã...
Nesta vida não sei ainda quem sou...
Mas encontrei meu amor...

Ele veio do mar...
Ele veio de caminhos percorridos...
Ele veio de estradas empoeiradas...
Ele veio num raio que cortou os céus...
Ele veio do arco-íris...
lá aonde está guardado o maior dos tesouros...
o tesouro do amor !!!

terça-feira, 20 de abril de 2010


Ele diz que sou flor e de repente me tocame abre e respira,me chama pra vidapétala por pétala,no chão despida...

(Cáh Morandi)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Contigo Aprendi...


CONTIGO APRENDI...


Que o amor pode ser bem precioso

Na minha vida tu entraste amoroso,

Ficaste muito tempo a minha espera

Aconcheguei-te ó meu amor, com a porta aberta.


Meu amargo caminhar ficou na estrada,

O peso do meu querer em ti fincou estaca,

Aprendi ser teu caminho teu rumo teu delírio,

Na tua vida ser a luz que ilumina o teu caminho.


Contigo aprendi a perder a noção das horas,

A deitar-me em teus pelos enamorada,

Acariciar as estrelas nos teus olhos,

Entregar-me com paixão e sem memória.


Contigo aprendi

A intensidade incomum das ilusões,

O segredo oculto da paixão,

Que o amor não tem razões

É estado de graça e dura a eternidade

De um minuto de paixão.


MÁRCIA ROCHA

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ao acaso...


Ao acaso entrego a sorte de meu amor,
Como os barcos são levados pelo vento.
Pois certo estou de que soltando é que prendo,
Embora só, me sinta distante do mundo.
Mas mesmo assim nunca estarei vazio,
Pois por certo a saudade me fará companhia!
(Santaroza)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O julgamento


De repente ouvi culpada!
senti lágrimas escorrer pelo meu rosto,
percebo agora que estou vendada,o que vai me acontecer?
Me pareceu que o cabelo começava queimar,não ouvi mais nada,
vi todo o meu passado e presente passar a minha frente,vi voce...
Vi quem sofreu por mim e não merecia,
vi voce que me amava e por mim não sofreu...
Vi as vezes que escolhi e fiz tudo errado,
agora percebo que queimo inteira e percebo...
Sim percebo que estou finalmente em paz...
Agora me vejo sorrindo,minhas culpas estão sendo expiadas,
sim agora posso ser como a Fênix!
Quem sabe posso renascer das cinzas?
Ouço passos,alguém me tira a venda,não á mais ninguém...
Estou intacta,não entendo nada,e pergunto cade o fogo?
E do nada percebo que o que queimava era minha consciencia...
Sim foi ela quem deu a sentença e eu acolhi...
Ainda não sou livre apesar da visão do fogo...
Á sequelados pelos meus atos,tenho de olhar não posso evitar...
Descubro que mesmo depois da dor do ritual de purificação não posso,
ainda não é hora de ser como a fênix, nem hora de sorrir,
primeiro terei de curar os feridos do caminho ainda que isso me machuque, é a lei...
De novo me vejo de olhos fechado agora me vejo sorrindo,me vejo menina...
Tento alcançar uma mão que não defino,e uma voz que me diz:
Vem os tempos são outros,voce pode ser feliz!
Me sinto atordoada,ouço de novo a hora é agora eu te ajudo...
De repente acordei e entendi que começava uma época de paz....



Arlete Bernardo